A leitura de um ensaio de Elias Canetti sobre Tolstói me suscitou a seguinte imagem: a alma humana é como o leito de um rio em que as pedras definem seu curso singular. Esta imagem serve como chave de leitura da trajetória do personagem Anton, no romance Anton Reiser. O texto procura identificar essas marcas, salientado que a exclusão tem papel fundamental na formação de sua personalidade.

O presente artigo discute as noções de cálculo e medida na obra de Nietzsche, mais especificamente na transição do seu período inicial para o período intermediário. Com isso, nossa intenção é explicitar como tais noções que soam tão pouco dionisíacas – e consequentemente, nietzschianas – podem fazer parte do conjunto da obra de Nietzsche e, mais ainda, serem essenciais para a compreensão de seu pensamento. Para que esse objetivo fosse alcançado, foram necessários os desdobramentos de conceitos como paixões e criação (...) na obra nietzschiana, fazendo reaparecer características do conceito de apolíneo, que são praticamente despercebidos uma vez que o filósofo combina seus dois conceitos anteriores. Porém, ao fazer isso, ele compartilha conosco sua ideia de “criar a si mesmo como obra de arte”. Por fim, tentamos deixar claro que quando introduzimos tais noções como cálculo e medida em sua filosofia, isso jamais o faz parecer um filósofo racionalista ou moralista, isto é, alguém que busque apresentar e estabelecer determinadas regras e normas de conduta consideradas apropriadas. (shrink)

1. L'uomo, questa meraviglia : trattato sulla costituzione antropologica -- 2. L'uomo, questo paradosso : trattato sulla con-centrazione e condizione antropologica.

Introduction: the languages ideology -- Ideology -- Entrenchment and the linguistic individual --Conventionalization and the illusion of shared grammar -- Conclusion.

This book explores the epistemic side of racial and sexual oppression. It elucidates how social insensitivities and imposed silences prevent members of different groups from listening to each other.

Este estudio está basado en los Hechos de Pedro, un escrito apócrifo del Nuevo Testamento. El libro, que es en realidad una obra piadosa, popular y ejemplarizante, narra numerosos episodios de magia. Resulta de especial interés el pulso que mantienen Simón Pedro y Simón Mago, realizando prodigios y milagros sin fin en Roma. El trasfondo ideológico del escrito es un alegato contra la figura de los malos emperadores romanos, cuyo modelo es Nerón, personaje ridiculizado y tachado de asesino y perseguidor (...) de los cristianos. (shrink)

Introduction -- Historical perspectives of medical ethics -- The medical ethics Renaissance: a brief assessment -- Risk disclosure/'informed consent' -- Consent, control and minors: Gillick and beyond -- Sterilisation/best interests: legislation intervenes -- The end of life: total abrogation -- Medical ethics in government-commissioned reports -- Conclusion.

Philosophical enquiries into the nature of man, God, and the devil.

In the context of macroevolutionary transitions, environmental changes prompted vertebrates already bearing genetic variations to undergo gradual adaptations resulting in profound anatomical, physiological, and behavioral adaptations. The emergence of new genes led to the genetic variation essential in metazoan evolution, just as was gene loss, both sources of genetic variation resulting in adaptive phenotypic diversity. In this context, F12‐coding protein with defense and hemostatic roles emerged some 425 Mya, and it might have contributed in aquatic vertebrates to the transition from (...) water‐to‐land. Conversely, the F12 loss in marine, air‐breathing mammals like cetaceans has been associated with phenotypic adaptations in some terrestrial mammals in their transition to aquatic lifestyle. More recently, the advent of technological innovations in western lifestyle with blood‐contacting devices and harmful environmental nanoparticles, has unfolded new roles of FXII. Environment operates as either a positive or a relaxed selective pressure on genes, and consequently genes are selected or lost. FXII, an old dog facing environmental novelties can learn new tricks and teach us new therapeutic avenues. (shrink)

El presente artículo estudia las representaciones de mujeres con VIH/sida, en el libro Tiempos del SIDA. Relatos de la vida real, de Myriam Francis. El trabajo inicia con un análisis sobre la exclusión de los sujetos femeninos de la literatura “seropositiva” latinoamericana. Se plantea que las pocas representaciones que existen se enfocan en “mujeres sospechosas”, lo cual se repite, hasta cierto punto, en los textos de Francis seleccionados: “La última puerta”, “La viuda alegre” y “La chica alegre”. Luego, se ofrece (...) una explicación sobre el contexto en el que surgen las historias, un “pabellón-moridero” que se describe más bien como un espacio ameno, el cual, sin embargo, enfatiza la tragicidad que rodea a cada “caso”. Después, se estudian los tres relatos mencionados, en los que se mueven los símbolos primarios del mal (la mancilla, el pecado y la culpabilidad), de manera que una mujer es representada como una “víctima inocente” y otras, como “víctimas culpables” (fundamentalmente por sus “estilos de vida nocivos”). Finalmente, el trabajo concluye que la narrativa de Francis moviliza algunos principios de la “teoría de la degeneración”, para explicar las situaciones experimentadas por los personajes femeninos y ofrecer un mensaje didáctico-moralizante. (shrink)

This paper defends a contextualist approach to epistemic injustice according to which instances of such injustice should be looked at as temporally extended phenomena (having developmental and historical trajectories) and socially extended phenomena (being rooted in patterns of social relations). Within this contextualist framework, credibility excesses appear as a form of undeserved epistemic privilege that is crucially relevant for matters of testimonial justice. While drawing on Miranda Fricker's proportional view of epistemic justice, I take issue with its lack of attention (...) to the role that credibility excesses play in testimonial injustices. I depart from Fricker's view of the relation between credibility excesses and credibility deficits, and I offer an alternative account of the contributions that undeserved epistemic privileges make to epistemic injustices. Then, through the detailed analysis of To kill a mockingbird, I elucidate the crucial role played by the social imaginary in creating and sustaining epistemic injustices, developing an analysis of the kind of social blindness produced by an oppressive social imaginary that establishes unjust patterns of credibility excesses and deficits. (shrink)

The article presents a new typology of forms of misrecognition. Through a critique of Axel Honneth's Hegelian-Republican treatment of the issue of recognition, I elaborate an alternative typology of misrecognition forms inspired by Reinhart Koselleck's notion of asymmetric counterconcepts. After deriving three basic forms of misrecognition from historical examples of counterconceptual pairs, I examine some properties of their linguistic articulation as well as the horizons of expectations associated with their usage. The text concludes with an exposition of the comparative advantages (...) of this typology, particularly in regard to identifying the misrecognition of the ones who live outside the republic's national borders. (shrink)

The article presents a new typology of forms of misrecognition. Through a critique of Axel Honneth's Hegelian-Republican treatment of the issue of recognition, I elaborate an alternative typology of misrecognition forms inspired by Reinhart Koselleck's notion of asymmetric counterconcepts. After deriving three basic forms of misrecognition from historical examples of counterconceptual pairs, I examine some properties of their linguistic articulation as well as the horizons of expectations associated with their usage. The text concludes with an exposition of the comparative advantages (...) of this typology, particularly in regard to identifying the misrecognition of the ones who live outside the republic's national borders. (shrink)

Este artigo propõe pensar a crítica de Dostoiévski à razão em Memórias do Subsolo como uma crítica contra a modernidade ocidental. Para isso, é necessário entender o contexto russo do século XIX e como ocorre uma espécie de “importação de ideias” da Europa ocidental para a Rússia, provocando no país as mesmas consequências da Europa, como o niilismo. Entende-se que o niilismo é um fenômeno moderno derivado das novas filosofias que emergem nesse período e, portanto, o niilismo ocorre também na (...) Rússia, motivo pelo qual muitos autores, entre eles Dostoiévski, refletem sobre essa questão. Para compreender a crítica de Dostoiévski à modernidade, precisa-se levar em consideração que o niilismo não é apenas um “problema filosófico”, mas também possui uma dimensão social. Logo, a crítica é em relação à sociedade russa. Para a execução de tal proposta, toma-se de empréstimo a definição de niilismo de Franco Volpi a fim de estabelecer uma relação com o niilismo tal como se desenvolvia na Rússia. (shrink)

Este livro não é propriamente uma monografia, mas um ajuste de contas. Desde os anos 60, J. A. Giannotti se preocupa com a possibilidade de uma dialética materialista. No seu último livro, Trabalho e reflexão, percebeu que a tentativa de uma "inversão" da dialética hegeliana conduzia a uma investigação lógica sobre esquemas operatórios capazes de ligar normas às condutas que as seguem. No fundo, tocava no conceito wittgensteiniano de jogo de linguagem não-verbal, sem tirar dele as conseqüências devidas. Impunha-se assim (...) uma reflexão mais penetrante sobre questões elementares da lógica. Esta Apresentação do mundo resulta dessa reflexão, de um esforço de dez anos e, se de novo tenta remar contra a maré, é porque nasce mais duma obsessão do que de um diálogo com seus contemporâneos. (shrink)